Que ás vezes eu sou um
pouco distraída, desastrada, estabanada... bom isso eu sei!
Mas daí cometer em
frações de segundos uma burrada irreversível já são outros noventa.
Hoje distraidamente
queimei o meu vestido! Aff... fiz um imenso buraco no coitadinho!
Não tem jeito o estrago
já foi feito mesmo... não há mais concerto!
Pela primeira vez na
vida... perdi algo e não me importei. Se bem que eu gostava era o meu preferido...
Acho que estou
gradativamente me acostumando com as “perdas”...
Pode até ser que um
novo detalhe ou até mesmo um “remendo” algo que tape o buraco venha disfarçar o
estrago!
Mesmo que seja
encoberta a enorme cratera aquela marca sempre estará lá... e acima dela pode
até surgir algo novo melhor e mais bonito...
O que foi tirado deixa
marcas... Permanecerá sempre a cicatriz.
Até um fato simples
como esse me fez refletir ao relembrar um relato que li há um tempo. Acompanhe-me
na leitura!
O
menino e os pregos
“Era uma vez um menino que tinha sempre razão. O
pai deu-lhe um saco de pregos e disse que, para cada vez que perdesse a calma,
o filho deveria pregar um prego na cerca de madeira que rodeava a casa.
No primeiro dia, o menino pregou 17. Nas semanas
seguintes, como ele aprendeu a controlar seu temperamento, o número de pregos
na cerca diminuiu gradativamente...
Ele descobriu que era mais fácil se segurar do
que martelar pregos. Finalmente chegou o dia que o menino não perdeu a calma em
nenhum momento. Contando a novidade a seu pai, recebeu uma segunda tarefa:
deveria tirar da cerca um prego por cada dia em que não perdesse a calma. Os
dias se passaram e o menino, então, estava finalmente pronto para dizer a seu
pai que tinha retirado todos os pregos da cerca.
O pai o pegou pela mão e levou até a cerca:
"Você fez muito bem, meu filho, mas, veja só os buracos que restaram na
cerca. Ela nunca mais será a mesma! Quando você fala algumas coisas com raiva,
elas deixam cicatrizes como estas. Você pode enfiar a faca em alguém e
retirá-la. Não importa quantas vezes você peça desculpa, a ferida ainda esta
lá. Um ferimento verbal é a mesma coisa que um ferimento físico. Que Deus nos
ajude a lembrar que nosso próximo não é uma cerca na qual podemos descarregar
nossa mágoa e ferir enterrando pregos.”
Vera Cristina Weissheimer
Essa história não tem nada haver com vestido
queimado?! Não é? Porém uma coisa me chamou a atenção. Tudo que fazemos ou
falamos a alguém fica sempre gravado, marcado ou até mesmo “queimado” no
coração.
Portanto, antes de agir pense duas vezes. Pois o
vestido nunca mais será o mesmo!
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